Santiago de Chile.
Revista Virtual.
Año 1
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Número 12.
12 de Diciembre de 1999
al 12 Enero
del 2000.
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POESÍA BRASILEÑA
Este mes hemos dejado este espacio de poesía a los brasileños...
CANTIGA DEL SABADO
Anibal Beça ©
Versión: Margarito Cuéllar
Quiero escribir un poema
leve en el dorso dorado
que clave en versos perennes
mi veneno tatuado.
Un veneno de pasión
de aroma fuerte y sereno
que se disperse en el alma
tomando todo el terreno.
La falta que tú me haces
me lleva en esta canción
a rozar un canto erótico
en tu cuerpo mi tesón.
Y comienzo por tus labios
pastores de tus misterios.
soplo suave en la brasa
del beso que tanto quiero
Del medio de estas colinas
al regazo mas mojado
me ahogo y te bebo toda
Ay! concha de este encrespado.
Sentir la sal del banquete
el bochorno de tu vientre
tu aroma que me alucina
ensaña seña serpiente.
Sábado de bendiciones
bacante de su color
de vino tinto rascante
las uvas de nuestro amor.
OFERTA
Fueran siete mis deseos
tantos cuantos mis pecados
la vida vale la pena
siete gozos lado a lado.
LA PUTA
Carlos Drummond de Andrade
Versión de Anibal Beça ©
Quiero conocer a la puta.
La puta de la ciudad. La única
La proveedora
en la calle de Baixo
donde és prohibido pasar.
Donde el aire es vidrio ardiendo
y llamaredas tostan la lengua
de quien decir: Yo quiero
la puta
quiero a la puta quiero a la puta.
Ella regaña dientes anchos
de lejos.. En la mata del cabello
abriendose toda, chupante
boca de mina mantecosa
caliente. La puta caliente.
Es preciso crecer esta noche sin parar
de crecer y querer
La puta que no sabe
el gusto del deseo del muchacho
el gusto muchacho
que ni el muchacho
sabelo y quiere saberlo, queriendo la puta.
A PUTA
Carlos Drummond de Andrade
Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na rua de Baixo
Onde é proibido passar.
Onde o ar é vidro ardendo
E labaredas torram a língua
De quem disser: Eu quero
A puta
Quero a puta quero a puta.
Ela arreganha dentes largos
De longe. Na mata do cabelo
Se abre toda, chupante
Boca de mina amanteigada
Quente. A puta quente.
É preciso crescer esta noite inteira sem parar
De crescer e querer
A puta que não sabe
O gosto do desejo do menino
O gosto menino
Que nem o menino
Sabe, e quer saber, querendo a puta.
A FLOR DO MARACUJÁ
Catulo da Paixão Cearense
Encontrando-me com um sertanejo
Perto de um pé de maracujá
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo
Porque razão nasce roxa
A flor do maracujá?
Ah, pois então eu lhi conto
A estória que ouvi contá
A razão pro que nasci roxa
A frô do maracujá.
Maracujá já foi branco
Eu posso inté lhe ajurá
Mais branco qui caridadi
Mais brando do que o luá
Quando a frô brotava nele
Lá pros cunfim do sertão
Maracujá parecia
Um ninho de argodão.
Mais um dia, há muito tempo
Num meis que inté num mi alembro
Si foi maio, si foi junho
Si foi janero ou dezembro
Nosso sinhô Jesus Cristo
Foi condenado a morrê
Numa cruis crucificado
Longe daqui como o quê
Pregaro cristo a martelo
E ao vê tamanha crueza
A natureza inteirinha
Pois-se a chorá di tristeza
Chorava us campu
As foia, as ribera
Sabiá tamém chorava
Nos gaio a laranjera
E havia junto da cruis
Um pé de maracujá
Carregadinho de frô
Aos pé de nosso sinhô.
I o sangue de Jesus Cristo
Sangui pisado de dô
Nus pé du maracujá
Tingia todas as frô
Eis aqui seu moço
A estória que eu vi contá
A razão proque nasce roxa
A frô do maracujá.
FOTOGRAFÍA
Fernando Tanajura Menezes
Paso mis dias sambando en Nueva York,
bailando "La Bamba" en Times Square,
comiendo una pizza, mirando a lo alto,
sintiendo el vértigo de la vida pasar.
Enciendo la radio y
escucho las noticias
explotando en el aire.
Avanzo con la luz,
matando el tiempo.
En la Broadway con la 50
dejo mi corazón.
La ciudad reviso:
teatro de luces.
Suspiro muy hondo
con la coca-cola en la mano,
Calor, humedad
me recuerdan a Bahía
y mando para allá
esta fotografía.
Fernando Tanajura Menezes
(in "RETRATOS" - São Paulo - 1991)
Copyright @ Fernando Tanajura Menezes
319 West 48th Street Suite 222
New York NY 10036
Phone/Fax: (212) 246-9698
E-mail: FMenezes@aol.com
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Memória em Tentação
- imagem e poesia inundam a contemplação de um josé
"bendito é o lugar onde não somos"
jorge pieiro
Em certo sentido, as manifestações artísticas representam o desejo coletivo da humanidade, impulsionadas pelas metáforas que concretizam uma possível experiência de futuro ou a transformação vigorosa do passado. Nesse conceito, reúnem-se os espíritos da inovação e da tradição, convergindo para uma realização do tempo presente.
Como afirma George Steiner, em uma das conferências reunidas no livro "No castelo do Barba Azul", "as imagens e sínteses mentais do passado são impressas, quase à maneira da informação genética, em nossa sensibilidade". Se tratamos da sensibilidade que se transforma em Arte, podemos encontrar a certeza dessa informação no trabalho que vem sendo desfiado, pacientemente, pelo premiado cineasta cearense José Araújo (1952).
Há mais de 25 anos entre Brasil e Estados Unidos, José Araújo nunca se distanciou do simbolismo salutar e eficaz do espaço da sua infância na cidade de Miraíma e da adolescência segmentada entre o Seminário da Prainha e a perseguida sobrevivência em um Banco do Nordeste do Brasil.
A sensibilidade poética do artista sempre o deixou à vontade naquela terra mecanizada, estranha e compulsivamente hipócrita e conservadora para representar as imagens e a síntese do seu povo. Se, por um lado, sobreviveu - um atestado de inteligência -, por outro, formou-se e tornou-se mestre em cinema, transferindo-se para sets como técnico de som em filmes internacionais ("Salmonberries" e "Younger and Younger", dirigidos pelo Percy Adlon de "Bagdad Café"; "Minha Família", de Greg Nava, produzido por Coppola; e "Mallrats", de Kevin Smith) e como astuto colaborador e observador no aprendizado prático dessa Arte. Com esse sutil delírio de predestinado, roteirizou e dirigiu seus documentários e curtas repletos de poesia, dentre os quais o "Salve a Umbanda", premiado nos festivais Margaret Mead Film, Nova York; San Antonio Cine, Texas; e Film Arts, San Francisco.
Até que "O Sertão das Memórias" desafiou e deu novas forças ao Cinema. O que disseram a crítica mundial e o resultado dos grandes festivais?! Vale dizer, em se tratando de José Araújo, que a grande metáfora não está na ficção, no roteiro, nas alegorias, mas no fundamento que antecipa a criação cinematográfica, no argumento e na tese do seu autor: o mundo todo é o que fui e com quem passei...
Assim, quem precisaria de atores globais para uma revelação, se por si bastava transformar em heroína, Jesus de saias da sua obra-prima, a sua própria mãe? Ou o silêncio mascado do pai, enquanto ator, juntamente com o verdadeiro Prefeito, o verdadeiro Padre e a população da sua Miraíma, desconhecido sertão cearense, e que num passe de mágica sensibilidade, passara a ser repetida nas telas do mundo inteiro?
Há, decerto, rumores de discórdia e defesas passionais, mas o produto vem demonstrando o seu poder de tal forma, que muitas vezes se dissocia o José Araújo, roteirista e diretor, da obra premiada. Ou, por outro lado, aperta-se o cerco ao fato de que, provavelmente, o cineasta de - até agora - um longa só, premiadíssimo, jamais repetirá tal façanha. Interferindo nessa inócua discussão, acrescentamos que isso é o menos interessante. A glória dessa memória e obra, ninguém pode renegar. À parte isso, polêmicas são sempre benéficas...
E o que veremos no próximo longa-metragem? Roteiro já definido, burocracia reinando, verbas caçadas, "As Tentações de São Sebastião" tem todas as condições de mudar o rumo da trajetória do cineasta, embora nela já esteja encravada a marca, a atração pelo recorrente, pelo passado, pela história que se ficciona e se recria metaforicamente.
O que podemos, então, dizer de José Araújo e de suas aventuras, se não a mancha apenas daquilo que não podemos precisar em originalidade e exatidão? O cineasta nos demonstra ser um verdadeiro poeta, e como tal, um estranho nesse universo de imposições e grosserias burocráticas; e como tal, um saudável arlequim de Deus cumprindo sua missão de transformar a sua aldeia e memória no grande universo mítico; e como tal, o homem que permite o vínculo com a miragem e sua realização.
Se consideramos o José também um poeta é porque nos detemos na lucidez da sua perseverança como criador e criatura, portanto um ser mais que imperfeito e que interessa. É essa representação que ele reflete nas telas de cinema, que nos instiga a perseguir o itinerário da ilusão e da profecia, sem vender peixes em templos ou consumir-se de neons. Afinal, a poesia deve ater-se também aos limites da ética e da infinitude, como descritas nas "ima®gens" das ilusões do cineasta.
O José de Araújo de "O Sertão das Memórias" e d'As Tentações de São Sebastião" - por vir a se realizar - nos homenageia com uma poesia plena de mistério, como se proclamasse a ação dos versos de Píndaro, para quem "na glória da poesia a realização dos homens floresce longa; mas disso a realização a poucos é dada."
Quem saberá contemplá-la?
fragmentos da crítica a "O Sertão das Memórias"
"(O 'Sertão das Memórias' é uma)...narrativa poderosa, (tendo em vista) o lirismo de seu imaginário, a utilização econômica de recursos e o rico uso da alegoria." Júri do Sundance Festival.
"Esse é daqueles filmes que quando você dá conta, está totalmente tomado por ele". Alfonso Cuarón, cineasta mexicano.
"O Sertão das Memórias" é um daqueles raros filmes que se prolongam por muito tempo depois do seu final na mente dos seus espectadores, fazendo com que todos formem suas interpretações individuais sobre aquilo que viram. (...) É um maravilhoso testemunho da cultura do José Araújo, seu amor pela terra seca e suas memórias, poesia e espiritualidade." Ramiro Puerta, cineasta colombiano
"Sem concessões às exigências do cinema entretenimento, trata-se de abordagem erudita e rigorosa levada às última conseqüências em termos de estilo e de conteúdo filosófico, méritos reconhecidos pelo prêmio Wolfgang Staudte (Festival de Berlim)" José Tavares de Barros, da Organização Católica Internacional de Cinema.
"Profundamente fincado no solo nordestino, "O Sertão das Memórias" é um dos filmes brasileiros menos provincianos (leia-se colonizados) dos últimos tempos." José GeraldoCouto, jornalista e crítico de cinema.
"Dado o seu tom místico, ricamente tecido em preto e branco, em partitura de Naná Vasconcelos, 'O Sertão das Memórias' pode bem conseguir o status cult de 'Koyaanisqatsi'." B. Ruby Rich, the village voice.
(*) jorge pieiro, 38, escritor, poeta e editor, é professor de literatura e diretor da letra & música comunicação
inquisições de um panapleu
ativos descobridores da panacéia literária, ou delas cobaias, o aprendizado pela palavra é a busca eterna e infinda da perfeição.
criadores e criaturas somos os seres mais imperfeitos.
relato essas insinuações, apenas para fragmentar o mais-que-imperfeito
...e escrevemos sempre em miúdo por que miúdas são as origens. mas, sobretudo, porque assim é em panaplo
poesia não é só uma tragédia
poeta é quem engole luz e se bronha
estamos na idade do fragmento. era nociva ou denunciante. isso é um recomeço
é saboroso não chegar ao fim. de onde vem o começo? aonde leva o fim?
se as estruturas são rígidas ou frouxas como na aleatoriedade da vida, cabe a cada um escolher a sua forma de (im)perfeição.
realidade e virtualidade simbolizam apenas: que é mais real, o homem ou a sua representação? que é mais virtual, a perfeição ou a impureza de ser?
a literatura é a disciplina comum de todas as coisas. e a melhor maneira de esfregar o nosso cérebro é sofrê-lo no dos outros...
e palavra, por mais especial que seja, é sempre um punhal que nos busca o coração como alvo, enquanto somos cúmplices
pergunto. em qual pássaro vôo azul; a noite é um cão rosnando; das janelas, os edifícios estão em seus quadradinhos abafados; o céu enegrecido abocanha estrelas; e a vida é um osso ancestral prestes a romper?
em saudade legítima, isso são presságios de guerra e sabedoria.
mas em rosto de tristeza não cabe só um dilúvio.
há outras certezas.
digo. meu medo é o de escolher um paraíso falsificado. se descobrir, algum dia, certamente terei vencido a melancolia dos espaços vazios.
"as mínimas coisas do universo podem ser segredos das maiores"
(thomas de quincey)
acalentamos o sacrifício por uma dose de clarividência. o que buscamos é a novidade? a intromissão da glória? uma estética? o espírito que nos emudece se derrete em chumbos...
possivelmente, desconfiamos de quaisquer parâmetros cartesianos na (i)lógica poética. e, de outra forma, mesmo abstraindo-nos de todas as convenções, sequer alcançamos o teor sagrado do espírito que borbulha, que ousa ramificar nervosamente a servidão da nossa mente.
a natureza humana é pródiga na incerteza. esse é o precipício da escritura. e a razão desse escrutínio de entranhas se estabelece muito anteriormente à própria ação. o que se passa em certas linhas invisíveis, só alguns percebem. porque não há mais que uns a resistir nesse universo milimétrico do imaginário. outros, são apenas os que descobrem os instintos, as obviedades, os anelídeos do jardim...
a vocação do pássaro não está na gênese do vôo, mas no bicar da casca do ovo.
"onde estamos? em nenhuma parte, nas palavras. e ainda aí estamos no exílio"
(stefaan van den bremt)
há que se considerar o fragmento como o aperitivo que precede as grandes transpirações.
insólito, o fragmento aniquila a unidade comum apropriada pelo senso. em contrapartida, elastece o imaginário, e as concepções se desvinculam da cadeia formal do pensamento.
a liberdade é uma frase mantida em sua própria consistência. essa abertura de infinito é que pode/deve negar, ou não, as estruturas de uma vida.
o fragmento, pois, é a unidade simbólica do processo da inteligência, onde vivemos exilados.
o que se escreve é um contra-senso diante de uma tumultuada ilusão. isto garante uma efemeridade ou o desabrigo da imortalidade.
um relato, talvez. ou a ausência de palavras que se despedaçam oníricas.
bendito é o lugar onde não somos...
"pois o que sei e fiz trouxe da ausência
e refazer é meu melhor invento"
(sérgio campos)
jamais haveria agonia poética, caso a natureza humana fosse exemplarmente reconhecida pelo poder memorial de seus escolhidos.
conhecer e recriar sem limites o óbvio é a melhor forma de descobrir o ninho dos dragões ou de perpetuar o estreluzir após seu auto-apocalipse ou de repassar a sagração dos antigos sinos da catedral de todas as emoções universais.
escolher a fortuna da poesia é debulhar o acaso. é nessa esfera que a ausência invalida a exatidão. por isso mesmo é que investir nos segredos é perpetuar a própria vida naquilo que se repete cotidianamente. revelar é reinventar a natureza e suas obviedades...
"...então o papel é uma rede? e mais: o pensamento
pescado tem que ser um peixe morto?
(lezama lima)
o destino reconhece que o homem vive suas circunstâncias entre o afogamento neurótico da busca e o deslumbramento delirante da lua sob os pés. em ambos os casos, os motivos são paradoxalmente suficientes para transformarem qualquer vida em resquícios. o meio-termo de uma existência apenas transpira em eventualidades.
atento, ponho-me no equilíbrio de um salto. e o que represento ou admito representar é o júbilo do pretérito; é o misterioso segredo do acaso; a corda de náilon azul do insucesso; a pedra milenar...
as visões que escolho são as possibilidades de vôo diante do abismo perseguido.
"considera-se racional quem se comporta de acordo com a teoria"
(m. h. simonsen)
porque ninguém foi chamado a entender da criação; porque ninguém deve se desesperar ante a causa aflita da incompreensão do mundo e de suas idiossincrasias; porque tudo estará resolvido independentemente do programado apocalipse...
porque desconhecer é a prática viva da descoberta, a tarefa de nosso tempo é abusar da linguagem, é lançar a enigmática garrafa de sos no oceano igual ao azul e à profundeza, é desordenar o senso comum, em benefício de todas as dúvidas.
diante de uma hecatombe, o compromisso de babel.
a intenção de um arauto, antes de gargalhar frente à vítima arrependida. é esconder a lâmina da arma na carne do anjo-da-guarda.
assim seja o irracional!
"...até que a tesoura de deus nos corta da vida como nos cortam o cordão umbilical ao nascer."
(carlos de oliveira)
relato. entre a vida e a morte, o fragmento do tempo.
uma folha dá-se ao mormaço da solidão em alvoroço. este sacrifício contínuo de palavras e imagens regam pomares de acaso.
relato: o grande tempo... até que a oscilação do pêndulo dê-se ao enguiço das engrenagens...
quando será que todos os segredos se proclamarão? quando um oceano aliviar a sede? desistir o deserto de suas miragens? fugir o fogo das águas?
ser eterno é muito longo, sem repouso. convém aos cucos emudecerem.
...pois a vida se calibra com a morte.
uma linha a mais nas mãos de cada dia, enquanto a noite não destoa de suas estrelas. mesmo com esse palco desarmado, a vida é uma vítima sublime. quem desconhece o lugar? quem não é uma frenética aparição com dúvidas eternas?
a marca desses poderes é uma pedra verde. não somos mais que humanos. há kryptonitas em nossas algemas. apesar de tudo.
a reflexão é a empresa do mistério. a algaravia do silêncio. a esperança é o corte no primeiro umbigo. o modelo especular da divindade ante a descrença e a possibilidade do vôo diante do abismo. como corromper a ordem das divindades? a minha gana é de silêncio enfeitado como um duende nômade e perverso... a tua presença me desfaz de árvores. o que pode acontecer quando a mortalha do corpo se despede e acorda a imortalidade do espírito.
essa melodia do diabo amoroso... de eras o refúgio no torso do vácuo... o espelho de olhos obtusos: o amor selva dos galhos e mar onde se findam os afetos de fato...
na hora do eterno a confissão do réu por supor o abcesso ou decerto o segredo.
"quanto mais claro eu me torno por dentro, mais obscuro se torna o mundo e o dia dentro dele"
(campos de carvalho)
não existe conflito: o belo é um diamante perdido. se há ilusão de encontrá-lo, o desejo representa a verdade mais íntima. o que está inscrito na caverna mais abissal.
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